sábado, 19 de janeiro de 2008

Darkwing Duck (entre outros)

Desentorpeçam, todos vós que devotam alguns minutos da vossa preciosa existência a estas leituras, as vossas mentes e recordem aquilo que poderia ser, mas, por bom, não foi, esquecido. Quem não se lembra de desenhos animados de tal maneira míticos que marcaram a sua vida para sempre? Ou então séries, se não quer, caro leitor, admitir que teve algum desenho animado que o fez ir buscar as bolachas à cozinha e esperar meia hora até que passassem os Teletubies para o ver. Quem o não fez? Bem, ainda que a pergunta, que supus retórica (e quis que assim fosse), possa ter resposta negativa, vou falar somente, em caso disso, para todos os cujos olhos brilham neste momento e já com princípios de solução aquosa de cloreto de sódio no canto do olho. Para esses, fica aqui um video, como homenagem a essas lendas que são os desenhos animados dos anos 90 (inicialmente estavam previstos dois videos, mas um constava de 30 minutos de introduções de animações da época, de maneira que pensei: "Está no youtube"). Trata-se da introdução impressionante de um dos maiores e melhores desenhos animados da altura em questão (rufo de tambores; voz de apresentador Circo Vitor Hugo Cardinali): Darkwing Duck, ou em bom português, O Pato da Capa Preta. Isto sim, eram grandes desenhos animados! Pode mesmo falar-se da era do mundo animado antes e após Teletubies, sim, esses destruidores de lares, que habitam num mundo hobbitiano onde só se comem torradas, onde o sol é um bebé e onde o macho alfa (Tinky-winky) anda de avental enquanto que Laa-laa e Dipsy (sendo que a/o segundo(a) quer dizer "pénis" por falar nisso, pelo que suponho que Laa-laa deve ser a fêmea, não me perguntem porquê) não fazem nada, principalmente sendo uma destas "coisas" de sexo feminino (coisas foi o termo mais simpático que me ocorreu e demorou 2 minutos até se tornar simpático). Acredito que na série, também ela literalmente animada, American Dad, ele (Stan Smith) sabia que quando se diz "Love me, I am the Alpha Male!" pode assumir-se que Tinky-Winky está, com naturalidade, excluído por falhar num dos parâmetros. Depois dessas vis criaturas invadirem o meu espaço televisivo vi que Satanás não estava quieto e que a ruindade corria solta no mundo. Agora que até os D'ZRT vão acabar, é tempo de marcar uma cremação destes monstros (não se revoltem, os D'ZRT também hão-de ter a sua), que nem a larva mais esfomeada se atreve a devorar (mais uma vez não perguntem porquê).
Mas voltando a Darkwing Duck, e já em jeito de conclusão, recordem todos as magnificas falas do próprio Darkwing:

Darkwing Duck:"Let's get dangerous..."
Darkwing Duck: [stuttering] Taurus Bulba! I am the terror that flaps in the night. I am the surprise in your cereal box...
Darkwing Duck: I am the terror that flaps in the night, I am the batteries that are not included.
Darkwing Duck: I am the terror that flaps in the night, I am the headache in the criminal mind.
Darkwing Duck: I am the terror that flaps in the night! I am the wrong number that wakes you at 3am...
Darkwing Duck: I am the terror that flaps in the night, I am the fingernail that scrapes the blackboard of your soul.
Darkwing Duck: I am the terror that flaps in the night, I am the onion that stings in your eye.
Darkwing Duck: I am the terror that flaps in the night, I am a special news bulletin that interrupts your favorite show.
Darkwing Duck: I am the terror that flaps in the night, I am the low ratings that cancel your program.
Darkwing Duck: I am the terror that flaps in the night, I am the slug that slimes your Begonias.
Darkwing Duck: I am the terror that flaps in the night, I am the bubble gum that sticks in your hair.
Darkwing Duck: I am the terror that flaps in the night, I am the itch you cannot reach.
Darkwing Duck: I am the terror that flaps in the night, I am the ten dollar service charge on all returned checks.
Darkwing Duck: Sheesh. Some days it just doesn't pay to get out of bed.

[while being stalked by Moliarty with a rocket launcher]Darkwing Duck: It's okay, we should be safe hiding behind these barrels of... FUEL OIL?
Megavolt: I'll finally be rid of them MEDDLING KIDS AND THEIR NOSY DOG." [Regaining his composure] Whoops. Wrong cartoon.
(Scooby-doo p'ra quem ficou na dúvida)

Depois destas citações só o videos poderão dar melhor imagem do enorme Darkwing Duck:

Palavras p'ra quê? (quem não se rendeu a isto, não se rende mais)

Citação animada:

[Homer is dressed up as a Teletubby, with a TV and a wire hanger attached to him]
Homer: Hey, Maggie. I'm Homey-Womey, the Teletubby. And, I'm all man, in case you've heard otherwise.

"[Homer is taunting a shark] Homer: Come on Sharky. Call yourself the king of the jungle? "
The Simpsons

Xis vermelho

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Ao Caminhante

Para os que não gostam de poemas com muito sangue e que vaticinam desgraças proféticas e de bíblicas proporções, aqui fica um poema muito mais doce, embora um coração e compreensão mais complexos que o anterior. Aqui vai:

Ao Caminhante

Tu, que no outro lado da floresta dos meus sonhos,
Vês que eu abrigo o teu caminho até chegar
A noite e o vento ouvires uivar, como os lobos
Em silêncio, escondidos, como tu, do frio nas grutas…

Tu, que na outra margem me vês ou então escutas,
Ouve o que te digo e esquece-o enquanto quente,
“O dia e o inferno ouvirás queimar, com pez fervente,
Em agonia, os escolhidos, como tu, p’ra este trilho morto…”

Tu, que no outro mundo tacteias o caminho cego e torto,
Sente as pedras a rolar só (e só) para tropeçares,
A tarde e o céu não estão, como pensas, aí para te guiares,
Em desespero, os pés tolhidos, como tu, só meio decidido…

Tu, que na outra terra morna bebes deste sangue esbatido,
Saboreia o salgado travo imortal do néctar divino.
O crepúsculo e o mar afogam os homens, como num hino,
Em alegria, requiem dos partidos, como tu, noutro barco sem rumo…

Tu, que na outra vertente desta montanha, sentes gelar o fumo,
Cheira a fruta madura que agora te negada é,
A aurora e o início voltam sempre, acredita, ateu de fé,
Em esperança, luz dos ressurgidos, como tu, na nova bruma…

Tu, da floresta, cujo mar do sonho levou na negra espuma,
Sê mais do que possas no caminho que temes,
A treva e a luz triturarão traidoras pelo que tu tremes:
Não de frio, nem de morte,
Decidido, mais constante qu’o corpo
Qu'apodrece e em pó se esfuma
Sem hino, sem rumo…
Vê, Caminhante!

Além da bruma…

Rafael Cardoso Oliveira

Citação p'ra ocupar espaço:
"Tua piscina tá cheia de ratos
(...) Eu vejo um museu de grandes novidades
O tempo não pára."
Cazuza (O tempo não pára)


Frihet...

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

O Poema Sanguíneo e Blues da Piedade

Como há a alta probabilidade de, caríssimos, não perceberem rigorosamente nada deste título, passo a explicar: "O Poema Sanguíneo" é um poema de minha autoria que resolvi expor aos vossos, tão rigorosos e altos, olhos e "Blues da Piedade" é um poema de um autor brasileiro, Agenor de Miranda Araújo Neto, mais conhecido, ou talvez, para alguns igualmente desconhecido, como Cazuza. Como primeiro se apresenta o que é decente e só depois o projecto de coisa nenhuma é justo apresentar o que é consagrado primeiro e, só depois, o que não tem mais comentário. Como é óbvio todos os direitos do projecto estão reservados a mim, sendo que na sua miserabilidade, nem dados alguém os quer.

Blues da Piedade:

Agora eu vou cantar pros miseráveis
Que vagam pelo mundo derrotados
Pra essas sementes mal plantadas
Que já nascem com cara de abortadas

Pras pessoas de alma bem pequena
Remoendo pequenos problemas
Querendo sempre aquilo que não têm

Pra quem vê a luz
Mas não ilumina suas minicertezas
Vive contando dinheiro
E não muda quando é lua cheia

Pra quem não sabe amar
Fica esperando alguém que caiba no seu sonho
Como varizes que vão aumentando
Como insectos em volta da lâmpada

Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Pra essa gente careta e covarde
Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Lhes dê grandeza e um pouco de coragem

Quero cantar só para as pessoas fracas
Que tão no mundo e perderam a viagem
Quero cantar o blues
Com o pastor e o bumbo na praça

Vamos pedir piedade
Pois há um incêndio sob a chuva rala
Somos iguais em desgraça
Vamos cantar o blues da piedade

Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Pra essa gente careta e covarde
Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Lhes dê grandeza e um pouco de coragem.
Cazuza

O Poema Sanguíneo
A tinta que me suja as mãos é sangue,
Sangue assassino dos meus actos pecadores,
Dos amores lânguidos e do mundo exangue
Como eu sou. E eles em mim são horrores,
São apocalípticos e mais que apoteóticos terrores
Como cabeças decepadas e roídas pelos ratos,
Imagens de vómito repugnante e torpor letárgico…
Só mesmo a cambaleante e morta ilusão torna mágico
Este mundo cheio de certezas, de arrogância dos factos.

Só mesmo o sonhar, que eu não tenho, torna suportável
O mundo morto de tanta coisa vulgar e normalizada,
Tanta regra, tanta imposição, tanto nojo razoável,
Por isso é que tenho escrito além da coisa suportada,
Tenho escrito para que ninguém aguente ler, nem diga
Nada do que o mundo não é, nem, enquanto nosso, poderá ser.
O mundo está sedento de um herói para ser crucificado
Para que todos se arrependam, como sempre, tardando.
Tudo se dá demasiado lentamente neste mundo conspurcado
E eu só sei num gesto traduzir tudo o que vejo: vomitando…

O mundo vive na esperança do auto-de-fé inquisitório,
Vive do cheiro da carne assada dos outros, da dor alheia,
A vida é poluída por fedor de perfume tão ou mais ilusório
Que ela, meretriz gordurenta, dada a cada homem que a anseia,
E quer sentir no seu corpo, na sua carne, a ilusão que (o) come.

O pão duro e amargurado que nos dias da morte, ele consome,
E o consome por dentro, queimando como azeite fervente,
Como veneno que contacta a pupila do óculo humano
E o faz rodar na órbita da dor tão forte e envolvente,
Como o abraço da vida luxuriante que todos sonham,
E que cada um, a seu modo, diz que tem…e mente.

Não há, nesta podridão, vidas de sangue, sanguinárias,
Vidas que ou se odeiam ou se amam além da bruma,
O Homem é dado a este meio-termo das coisas primárias,
Não se mata nem se morre por coisa nenhuma,
Não há um dia mais que não seja um dia perdido,
Numa vida dourada pelo estrume de quem mais defecou,
Consumido no desperdício medroso de não ter vivido,
Se entrega brando e sereno à morte que sempre sonhou.

A minha morte não será essa, senhores e espectadores,
Arderei num fogo infernal banhado em ácidos quentes!
Estraçalhado pelas correntes do Submundo, sentindo as dores
Dos mártires na pele, os olhos arrancados por vis dentes
Das bestas negras que domina e manda o deus profundo!
Ossos partidos por martelos com força tal, que o grito
De dor troará até que Deus vire, aflito, a divina feição!
As juntas dos ossos abertas como a pele enegrecida
Queimada e comida pelo cão negro, o negro cão
Que devorará o que restar da minha existência carcomida…
E todo ensanguentado por toda a sobeja vontade desmedida,
Pela maneira como quis decidir, e, mal ou bem, fui decidindo,
Não me dobrei perante o céu, cheirando o pó dos condenados,
Vós ireis todos imundos, enfileirados, meu cadáver vai só…e vai rindo!
Rafael Cardoso Oliveira


Quero mentes ousadas para comentar, dispensam-se gentilezas de qualquer tipo, digam o que quiserem.

Citação só p'ra dar trabalho:
"Confutatis maledictis,
Flammis acribus addictis"
Mozart, Requiem

Finalmente acabou, podem libertar-se...

sábado, 12 de janeiro de 2008

Cuban Pete! e Branca de Neve

Caros leitores, não leitores, pessoas de passagem, pesquisadores de pornografia, admiradores, pessoas deste mundo em particular. Vejo-me na obrigação de fazer uma merecida homenagem ao grande Rei da Rumba, cujo nome, só de si, é sonoro e arranhado, e que tão bem esteve representado num dos filmes da minha infância. Houve quem visse a Branca de Neve vezes sem conta, eu vi A Máscara. Não desfazendo da qualidade da actuação de Branca e dos anões, dos quais nunca se fala, e isso não é engraçado, porque lá por serem pequenos, Mestre, Atchim, Feliz, Zangado, Soneca, Dengoso e Dunga (segundo a versão de Walt, o Disney) tiveram a sua quota parte nesta história, quanto mais não seja de dar abrigo e comida a Branca, que, valha a verdade, não fazia nada na vida e, segundo Walt Disney, apenas ensinou os anões a tomar banho mais do que duas vezes no ano, dando origem à metrossexualidade no mundo. Além disso, os simpáticos exemplares da gente pequena minavam pedras preciosas... e ainda me dizem que Branca não era interesseira, primeiro anões que minam diamantes e afins e depois, quando eles já não servem, entala-se com a maçã ("pseudo-entalamento") e dá o golpe do baú no Príncipe! E ainda há versões em que são sete ladrões e não sete anões! Tudo isto são avassaladores factos que levantam várias questões acerca da boa índole da descendente da família de Neve. Branca é, no fundo, e em bom português do Brasil, uma sirigaita.
Mas voltando a Cuban Pete e ao filme a Máscara (brilhantemente interpretado por Jim Carrey, ambos excêntricos, o homem e a personagem, está tudo lá), admire-se a cena denominada, ela mesma, Cuban Pete. É fantástica a maneira como a música, cuja letra se segue, consegue extasiar mais do que todos os polícias que conseguir, caro leitor, literalmente enfiar e/ou atafulhar não num, mas em oito carros de patrulha da polícia (pode recorrer a esse grande senhor chamado Isidro, que é Júlio, famoso impulsionador da moda "Vamos enfiar pessoas em carros, nomeadamente pequenos carros, e ver se algum deles sai de lá tal como entrou", é verificável hoje que todos os exemplares testados são estéreis e emitem fluorescência quando sob luz UV). Essa mítica cena, que deixou uma marca indelével na minha mente, só tem paralelo com o Cuban Pete original, também ele capaz de extasiar uma plateia imensa com as palavras "Chick-Chicky Boom, Chick-Chicky Boom". Ai, já nada é como dantes, em que havia indecorosidade camuflada em filmes infantis e havia encantamento em "Chick-Chicky Boom, Chick-Chicky Boom" (para não falar no "Zalacazuza Betikapuza Bipiti Bopiti Boom" da Fada Madrinha da Cinderela, também acabado em "Boom" o que tem o seu quê de fantástico). Resta dizer que se podem apreciar os videos de Cuban Pete (d'A Máscara e original) no final deste blogue, façam-no com muita alegria, principalmente os que não têm Video on Demand na TV a Cabo. Ainda dizem que não sou vosso amigo, até forneço Video on Demand sem pagarem e ainda por cima com o imperialismo próprio da TV a Cabo em si (sim, porque quem decide a parte do "Demand" sou eu). Bem, é isto carissimos e como diria Blaise Pascal "I have made this [letter] longer, because I have not had the time to make it shorter."

Citação óbvia:

Verse 1 (Male Solo)

They call me Cuban Pete. I'm the king of the rumba beat.
When I play the maracas I go chick-chicky-boom, chick-chicky boom
Yessir, I'm Cuban Pete. I'm the craze of my native street.
When I start to dance, everything goes chick-chicky-boom, chick-chicky boom
The senoritas they sing and they swing with terampero-
It's very nice, so full of spice.
And when they dance in they bring a happy ring that era keros-
Singin' a song, all the day long.
So if you like the beat, take a lesson from Cuban Pete
And I'll teach you to chick-chicky-boom, chick-chicky-boom.

Bridge (Female Solo)

He's really a modest guy, although he's the hottest guy
In Havana, in havana.

Verse 2 (Male Solo)

Si, sinorita I know that you would like to chicky-boom-chick
It's very nice, so full of spice.
I'll place my hand on your hip, and if you will just give me your hand
Then we shall try - just you and I. I-yi-yi!
So if you like the beat, take a lesson from Cuban Pete
And I'll teach you chick-chicky-boom, chick-chicky-boom, chick-chicky-boom
Shake Your Booty, Daddy, Wow! See ya!

Saudações!

Ora bem, senhoras e senhores, meninos e meninas, cidadãos de todo este Portugal de decadência: bem vindos a este humilde espaço de reflexão que, ainda que não seja vossa, poderá ter algum interesse. Não é este um blogue para falar de mim, até porque há muito pouco que se lhe diga, mas também é um blogue sem temática especial ou relevante. Vou falando, segundo o que me aprouver, das coisas que, neste dia-a-dia que vou levando, se me apresentam. Vai funcionar aqui uma bela ditadura e, por isso, sintam-se à vontade sob o meu jugo enquanto aqui estiverem, sabendo porém que o grito de independência reside no canto superior direito do vosso ecrã, tão mais livre do que o meu.
Acima de tudo, isto será um blogue de muito trabalho para ler, muita letra e, apenas literalmente, pouca tinta. Trata-se de um blogue aborrecido p'ra muitos, mas não se pode ter tudo, não posso agradar a mim e esperar agradar a mais alguém. Isso até porque, possivel e provavelmente, vou incluir alguns textos de minha autoria excluindo estes, naturalmente (advérbio de modo empregue só para caso alguém tenha pensamentos tão felizes como os que tenho visto se sentir esclarecido).
Finalmente crio um destes bichos informáticos a que, tão gentilmente, se chamaram blogues mas que, como bichos que são, tendem a ser nojentos, quer pela temática, quer pelo que fazem dela. Eu quero que este blogue seja isso e muito mais! Que por um lado leve alguns ao extâse e os outros à, já falada, libertação de mim.
Citação de Abertura:

"O universo não é uma idéia minha.
A minha idéia do Universo é que é uma idéia minha.
A noite não anoitece pelos meus olhos,
A minha idéia da noite é que anoitece por meus olhos.
Fora de eu pensar e de haver quaisquer pensamentos
A noite anoitece concretamente
E o fulgor das estrelas existe como se tivesse peso."
Alberto Caeiro