Musa Inspiradora
É hoje o dia de escrever à dos cândidos cabelos,
Dos olhos fundos, da boca encarnada e elegante,
À dos dedos longos, tez firme e mui brilhante
Que, quando no chão, apoiada nos cotovelos,
Balança os pés, encaracola mais os cabelos
E escreve poesia forte e fulminante.
Em sua alta pose de escritora é tão constante
A harmonia que exala dos seus magnos dedos,
A forma como breves deslizam pela folha
Desvelando esses sexuais segredos
De medos, de ousadias, de rituais, presos
Nessa bolha de sabão que são os sonhos,
Que são as vidas, que é luz
E a escuridão.
Tamanhos são seus olhos, tamanhos são,
Que minha mão quando se por eles vê observada
Não diz nada, cala a palavra e a inspiração
Expira-se e não volta mais.
Tais são os seus odores, são tais
Que me volta a inspiração em sonhos sensuais
Ou desejos que o homem em mim suplica.
Mas essa sede não se sacia de águas carnais
Antes de palavras em papel que o corpo não explica.
O corpo não quer saber da minha musa
Nem sequer o homem em mim,
Sou eu quem a mim se acusa
De, no fim, não ser só as minha ideias.
Só as minhas ideias são a minha musa…
(Di-las-ei feias?)
Rafael Cardoso Oliveira
Citação Inspiradora:
"Viver não é necessário, o que é necessário é criar."
F.Pessoa
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