domingo, 8 de novembro de 2009

Códice

Caros Leitores deste Blogue de Horrores,

é meu dever informAr-vos de que, apesar do título deste post ser "Códice" este pequeNo parágrafo introDutório nAda tem de mensagem codificada, Só para prevenir que alguém com um espírito mais aventureiro, À la indiana jones, ou com demasiado tempo livre nas suas mãos, como é o meu caso, quisesse Procurar uma mensagem que, desde o início deste post assumi seR inexistente. O que mais me impressiona é que, dito isto, eu tenho a mais profunda Certeza de que há, neste momento, um caro leitor que, mUnido da sua faca de mato de desbRavar imensAs florestas e cerrações vocabulares, se atirou com a sua camisa já esfiapada e ensanguentaDa amarrada Em volta da testa para o meio da dita amazónia das palavras desconhecidas. de Que servem os avisos, senhores? Se me ignoram até aqueles que, de livre e espontânea vontade, vêm até este lUgar... enfim, àquele leitor solitário que ainda me lÊ (?):

Segue-se mais um poema, que é o que me dá mais gozo fazer e como as mensagens secretas são sempre moda nada como misturar o que me é querido com algo profundamente comercial. Sou o Dan Brown da poesia! Assumindo, com o epíteto, a gritante vertente de fantasia e embuste que, a mim, assenta primorosamente. Porque é giro trapacear-vos; e acreditem que é a coisa mais rigorosa que posso dizer, é simplesmente giro.

Aqui vai disto:

Códice

Muitas letras, em formas discretas e soturnas, escorrendo,

Escorregando mesmo aba’xo da lama do mundo, escondendo,

Negando a sua significação; de costas na parede quando o facho

Sentinela passa uma, outra e outra vez… sem perceber a respiração

Arquejante dos vocábulos escondidos, atrás das esquinas mais perto...

Gemendo e suando aterrorizados, mordendo os lábios assustados

E só têm por certo aquela discrição que lhes dá sua forma esguia,

Mais gordos fossem e alguém os veria…


E na estreiteza sub-humana dos seus eixos, na sua fineza de lados,

Se dobram quando o índex meio curvado os sublinha sem pintar,

Com a força que fazem por não respirar quando o olho passa sem olhar

Outra vez e outra vez, como em uma anterior e fútil investida

Nada lhe grita a mensagem principal. Não lhe aponta, por leal, a escondida.

Dá o dedo voltas às páginas, gasta o papel e erode lentamente a tinta

Ignorante de que o quadro que a tela dá a ver esconde o que ela tem(!)

Do outro lado, do avesso, por dentro da fortaleza que o quadro pinta

(A mensagem já passou, olhaste-a bem?)

Rafael Cardoso Oliveira


Citação Encriptada:


"Talent hits a target no one else can hit; Genious hits a target no one else can see."

Arthur Schopenhauer


"There is only one diference between a madman and me. I am not mad."
Salvador Dali


Promise not to bleed on my suit and I'll kill you quickly...
The Spy

Frihet

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