Aqui vai:
Vitae
Há um tédio aterrador e opressivo
E uma força brusca de inspiração indizível
Que leva a escrever mesmo sem motivo,
Ainda que nada que aqui se escreva seja crível,
Aprazível ou mesmo vivo.
O problema é a concentração de tédio sobrenatural
Que não se move a favor do homónimo gradiente,
Que tudo aqui é funcional, enérgico e certo e minimal
Sem que isso diga algo além do aparente.
Aqui não há segredos, nem lendas fenomenais…
Não se pode inventar além da imaginação contada,
Contável, enclausurada e matematizada e (mate)matizável
A níveis incríveis… por paranormais.
E a metafísica disto é nula, não há nada que viva realmente,
Em nada disto há senão um tédio dormente e dolente,
Que docemente nos consome a todos. Está tudo a dormir e,
[dormindo,
Lá fora há sol a rodos e chuva zunindo e um dia tão diferente.
E pensar que a química vital não é a química da vida…
(nem o docente)
Rafael Cardoso Oliveira
Citação Vital:
"Que importa o areal e a morte e a desventura
Se com Deus me guardei?
É o que eu me sonhei que eterno dura
É Esse que regressarei."
F. Pessoa, Mensagem
Da capo al fine
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