sábado, 19 de abril de 2008

Poética Perversão

Poética Perversão

Eu sou de rimas perversas, de vozes perversas.

Escuto atentamente os sussurros nocturnos que amedrontam
O mundo e os seus diurnos habitantes: as pessoas, nas diversas
Vidas que levam, que arrastam, que, ofegantes, têm de cumprir…

Há um sorriso amarelado quando o ar gelado corta por entre os ramos
Do arvoredo sinistro, abandonado(,) na noite sem luz alguma, e eu,
No meio daquela bruma, daquela chuva, abro os olhos. Volto a abrir…

E nada. Nada além da espuma que sai das mandíbulas de cães raivosos
Que o negrume ferem com olhos avermelhados, dentes venenosos,
A força bruta da musculatura própria do medo e da indefinição.

Também os meus olhos são vermelhos de escuridão,
E há alturas de medo, mas é meu, hoje, o sorriso estranho,
Há dias de medo, hoje não, poética perversão…

Hoje eu ganho.

Rafael Cardoso Oliveira

Citação estranha:
"Now it's the time to choose,
DIE and be free of pain,
or LIVE and fight your sorrow"
Auron, FFX

Tidus: I'm sorry I couldn't show you Zanarkand.

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